O Universo das Street Dances

Street Dance não surgiu tão remotamente como o Ballet Clássico, mas também não se trata de algo muito recente. Proveniente da década de 60 e 70, grandes músicos famosos, como Elvis Presley, James Brown, Ray Charles e Michael Jackson,  se utilizavam desta dança e de sua cultura para suas perfomances, inclusive nas vestimentas.
Criada nos Estados Unidos da América, “Street Dance” como uma terminologia geral é dividida em vários estilos/modalidades: na região oeste do país, precisamente em  Nova York, criou-se o break dance e o hip hop dance; já na costa leste, em cidades como Califórnia, Los Angeles e Fresno, surgiram os estilos, locking, popping, wackin entre outros, todos com técnicas diferentes e movimentos distintos. O mais interessante é que esses estilos foram sendo criados em ambientes de entretenimento, nas Block Parties, festas aonde os dançarinos aproveitavam para treinar, improvisar e criar novos movimentos de dança.

Podemos caracterizar Street Dance como um trabalho de coordenação motora com ritmo e musicalidade, onde se dá mais atenção aos movimentos fortes e enérgicos executados pelos braços, pernas, muitas vezes com movimentos acrobáticos coreografados, saltos e  técnicas. São utilizadas músicas que tenham batidas fortes e marcantes, músicas eletrônicas e  em geral cantadas em cima dos breakbeats. 
O estudo prático desta dança desenvolve no dançarino sua realidade e personalidade gestual, através de movimentos coordenados e harmoniosos, o que faz do corpo dançante uma forma de comunicação. Dançar Street Dance é pura diversão, e um excelente meio de socialização. Não há limites para prática desta atividade, apenas adequação de acordo com nível de aprendizado e faixa etária, a partir de sete anos.

Isabel Revers
Professora de Street Dance e Dança de Salão - Instituto Musical Arts
Graduada em Educação Física - URI Campus de Erechim
Pós-Graduanda e Pesquisadora em Teoria e Movimento da Dança - FAMEC Curitiba